Efetividade Empresarial – Home Office, Presencial e Híbrido
Por: Marcelo Boarin
Não é simples comparar a efetividade empresarial entre empresas que trabalham em home office, presencial e híbrido. Qualquer afirmação sobre essa comparação, pode estar certa para um cenário e totalmente errada para outros.
As mudanças no trabalho e nos estilos de vida, aceleradas pela digitalização e pela não tão recente pandemia de Covid-19, afetaram os hábitos, sentimentos, comportamentos e atitudes das pessoas.
A capacidade de trabalhar remotamente gerou mudanças nas percepções das pessoas sobre o local de trabalho.
Grande parte das empresas que tiveram que adotar o Home Office no período de pandemia, como questão de sobrevivência, não acreditavam no modelo e não estavam preparados para essa mudança.
Após a OMS (Organização Mundial de Saúde) declarar o fim da pandemia (Maio/2023), começaram a surgir vários pronunciamentos contra o uso do home office.
Segue parte de um comentário de Caito Maia, Fundador do Chilli Beans, sobre o uso do home office (https://www.facebook.com/reel/1220146072435143).
“As empresas que estão no mundo de home office estão caindo de 10 a 20% de performance acumulado todo mês e as empresas que conseguiram fazer as pessoas voltarem estão crescendo de 10 a 20% mais que as outras. A performance das empresas de home office estão despencando de bico. ”
Não sei quais são as referências para os números apresentados acima, mas precisamos tomar cuidado ao fazermos avaliações sobre esse tema, delimitando claramente seu contexto e os cenários precisam avaliar pelo menos alguns pontos entre o trabalho em home office, presencial e híbrido:
a) Experiência do Colaborador
– Tempo e Custo de deslocamento ao trabalho;
– Infraestrutura (Espaço dedicado e Restrito, Rede Elétrica, Rede Dados, Ar-condicionado, Ergonomia …) de casa x trabalho;
– Necessidade de Isolamento e Interação Social
– Capacidade de Segregação entre a Vida Pessoal e Profissional;
– Tipo de trabalho: algumas profissões exigem mais interação social e outras, uso de equipamentos não disponíveis para uso em casa;
– Personalidade: Pessoas mais introvertidas podem se sentir melhor trabalhando em casa, enquanto as extrovertidas podem preferir a dinâmica do escritório;
– Disciplina e Autogestão: Trabalhar em home office exige alta disciplina e organização para manter a produtividade;
– Diferenças Geracionais (Baby Boomer, X, Y e Z*).
(*) Diferentemente das gerações anteriores, a geração Z ( 1995 a 2010 ) demonstra uma forte preferência por experiências de trabalho flexíveis, equilibrando vida pessoal e profissional.
De acordo com um relatório da consultoria McKinsey, em 2025 a geração Z irá compor 25% da força de trabalho global, passando a servir como referência de comportamento.
b) Efetividade Empresarial
Efetividade empresarial é a capacidade de uma empresa atingir os resultados desejados de forma sustentável, trabalhando de forma assertiva e agregando valor à organização e aos seus clientes.
Efetividade empresarial tem como principal desafio encontrar o ponto de equilíbrio entre custos, produtividade e experiência dos colaboradores e dos clientes, para gerar os melhores resultados organizacionais.
Análises isoladas dos desafios (Custos, Produtividade e Experiência do Colaboradores e Clientes) podem mostrar conclusões imprecisas e que não são sustentáveis.
Pela complexidade do tema e pela grande probabilidade de polarização e viralização, continuaremos a ler, ouvir e ver várias matérias abordando o tema, muitas delas de forma superficial, mas as pesquisas acadêmicas já mostram de forma clara, duas ações que as empresas precisam adotar.
a) O melhor cenário é o híbrido, para a maioria esmagadora das empresas.
As empresas vão precisar estudar e negociar com seus colaboradores qual é a porcentagem do trabalho em home office para cada tipo de trabalho.
As organizações que oferecem trabalho híbrido geram um vínculo de confiança entre colaborador e a empresa permitindo a melhora de indicadores que impactam na experiência do colaborador (Redução da Solidão, Felicidade, Satisfação com a Organização, Relacionamentos e apego emocional à organização).
Precisamos entender que não existe dicotomia entre Home Office e Presencial, mas que o futuro é termos experiências fluídas entre os mundos físicos e digital (Figital) e que as empresas precisaram ter agilidade para conseguirem se adequar a qualquer porcentagem de home office.
b) As empresas precisam adequar suas ferramentas de colaboração e gestão para permitir a fluidez e transparência entre o trabalho em home office e presencial.
As empresas precisam de ferramentas de gestão das suas equipes, que trabalhem de forma unificada entre os ambientes de trabalho (Home Office e Presencial)
Essas ferramentas precisaram de forma fluída e transparente, atender as necessidades administrativas e informacionais para os gestores e colaboradores.
As empresas precisam buscar uma solução completa para o gerenciamento centralizado das equipes de trabalho (Home Office e Presencial), que permita o alinhamento aos processos empresariais com total controle organizacional, permitindo a uniformidade de decisões, capacitação da equipe e a tomadas de decisões baseada em dados.
Segue alguns pilares e funcionalidades que uma solução completa para o gerenciamento centralizado deve possuir:
Produtividade
– Gestão e controle da escala de trabalho;
– Compartilhamento online da tela do colaborador com o time de gestão, para orientação;
– Análise da produtividade da empresa, do setor e do colaborador, através dos dados capturados pelo uso da estação de trabalho do colaborador.
Qualidade
– Gravação e recuperação da tela da estação de trabalho do colaborador;
– Monitoria do Bem Estar dos colaboradores.
Segurança
– Validação do usuário através de reconhecimento facial;
– Garantia da privacidade através da análise da imagem do ambiente de trabalho;
– Bloquear aplicativos da estação de trabalho, que não podem ser acessados dentro da escala de trabalho;
Infraestrutura
– Gestão dos postos de trabalho (O trabalho híbrido reduziu o número de postos de trabalho na empresa, tornando indispensável o o agendamento e controle da ocupação dos postos de trabalho);
– Monitoração dos recursos de hardware em tempo real das estações de trabalho;
Comunicação
– Gerar notificações e informativos para as equipes/colaboradores;
– Interação via chat;